sexta-feira, dezembro 16, 2005

Manifesto pela madrugada.

Pensei ter visto estrelas,
mas era uma cidade, mais uma,
dormindo de luz acesa
e despontando no horizonte.

Na confusão, na ilusão de ótica,
reside sempre outra lógica
mostrando o cheiro das cores;
o sabor dos odores de um velho relógio.

Ouve, madrugada, que falo de ti!
Ouçam, horas leves, brisas,
que merecem mais que o torpor;
mais que o descaso do nosso sono.

Prelúdio para o sol,
refúgio dos náufragos,
dos loucos e famintos
que moram no baço
e no abraço incerto de anos atrás.

Da estrada do tempo, o trecho sinuoso,
a baixa rotação, em larga marcha;
o café já frio, a boca seca
e uma cidade que dorme
de luz acesa.

Tadeu.

2 comentários:

Alguém disse...

O que dizer sobre uma perfeição de palavras uma cima de outra construindo as mais singulares frases?? parabens

Anônimo disse...

não sei se é estilo, mas não gostei da construção. A forma de poesia não se encaixou a não ser nos dois últimos estrofes... Gostei do tema.. Já pensei mto nessas estrelas que brilham de ponta cabeça. Mas meio artificial na minha opinião, já vi coisas suas mto menos artificiais.