sábado, novembro 06, 2010

Velho Oeste



Era uma vez no velho Oeste, há muitos, muitos anos.

No relógio da igreja batiam as 18h.

Nuvens de poeira arrastavam-se pela cidade semi-deserta.

O Sol já ofuscava o horizonte e tingia as nuvens de tons vermelhos.

De súbito, recortou-se a silhueta de um cavaleiro.


Lentamente, foi-se aproximando da cidade... Ao chegar à entrada, desmontou.

O silêncio pesado foi perturbado pelo tilintar das esporas.

O cavaleiro chamava-se Johnny!


Vestia-se todo de preto, à exceção do lenço vermelho que trazia ao pescoço e da fivela de prata que segurava os dois revolveres na cintura.

O cavalo, companheiro de muitas andanças, dirigiu-se hesitante para uma poça de água... PUM!


O velho cavalo caiu morto com um buraco na testa.

O cheiro da pólvora vinha do revólver que já tinha voltado para o coldre de Johnny.

Johnny não gostava de cavalos desobedientes!


Johnny dirigiu-se para o bar.

Quando estava subindo os três degraus, um mendigo que ali estava, tocou na perna de Johnny e pediu uma esmola.


PUM! PUM! PUM!


O esmoleiro esvaiu-se em sangue.

Johnny não gostava que lhe tocassem!

Johnny entrou no bar.

Foi até o balcão, e pediu uma cerveja.

O barman serviu-lhe a cerveja. Johnny provou e fez uma careta...


PUM!PUM!PUM!


Johnny não gostava de cervejas mornas e detestava barmans relapsos.


Outros vaqueiros que ali estavam olharam surpresos para Johnny.


PUM! PUM! PUM! PUM!


Ninguém sequer conseguiu reagir.

Johnny era rápido no gatilho. Johnny não gostava de ser o centro das atenções!

Saiu do bar.

Deslocou-se até o outro lado da cidade para comprar um cavalo.

Passou por ele um grupo de crianças a brincar e a correr, levantando uma nuvem de poeira...


PUM! PUM! PUM! PUM! PUM! PUM! PUM!


Desta vez os dois revólveres foram empunhados..

Johnny não gostava de poeira e além disso as crianças faziam muito barulho!

Comprou o cavalo, e quando pagou, o vendedor enganou-se no troco...


PUM! PUM! PUM!


Johnny não gostava que o enganassem no troco!

Montou no novo cavalo e saiu da cidade.

Mais uma vez a sua silhueta recortou-se no horizonte, desta vez com o sol já quase recolhido. Todos aqueles mortos no chão.

Até o silêncio era pesado....


hehe.

domingo, outubro 24, 2010

Sem título.


"É a mesma sensação de pular de algum lugar bem alto e sentir que está caindo. Chega a dar falta de ar no começo e depois um alívio muito grande. Durante o percurso dessa queda, é como se sentisse cheiros bons e como se você pudesse sentir todo o perfume do mundo. No início você tem medo de chegar ao chão, mas depois percebe que o chão não vai chegar e que vai sentir como se estivesse caindo...voando...pra sempre"

..........

quarta-feira, outubro 13, 2010

Pra lembrar você...

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade
Paixão cruel desenfreada

Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado

Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Eu nunca mais vou respirar

Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
E por você eu largo tudo

Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais
Exagerado

Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
E por você eu largo tudo

Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais
Exagerado

Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Jogado aos teus pés

Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado

domingo, outubro 10, 2010


Há quase três anos, uma pessoa cruzou o meu caminho e me fez um convite: “venha comigo e segure em minha mão”, disse ela.


Eu, certa de que era alguém muito especial, dessas que talvez aparecem de eras em eras, aceitei.


Subimos em uma montanha-russa, dessas suspensas no tempo, e eu pude sentir o vento tocar, ora sutil, ora cortante, em meu rosto; pude, também, por meio de tantos gritos nas descidas ausentes de unidades de medida, expelir da alma os medos mais profundos e esquecidos – e, nas subidas para além das nuvens, pude recuperar o fôlego e a esperança.


Em meio a tantos altos e baixos, perdi meus tênis e casaco, e aprendi a me refrescar na chuva e a reconhecer descalça a terra, a água, o fogo e o ar. Perdi, também, minha carteira e documentos, e aprendi a rir contando níqueis que achávamos nas pontas dos arco-íris, e a descobrir quem eu sou independente do que me apontam meros papeis e fotos.


Uma peculiaridade: essa montanha-russa corria, na velocidade de um táquion, apenas para a frente, e não voltava nunca ao mesmo ponto. Adiante, não era possível ver sequer os trilhos, muito menos os caminhos; atrás, só ficavam as sensações recém-adquiridas, e cabia a nós decidir se as levávamos conosco ou não. Contudo, eram essas escolhas que construíam os trilhos adiante.


Confesso que a impressão que tenho é a de que continuamos nessa montanha-russa atemporal, transformando perdas em aprendizado.


E acho que estou conseguindo começar a perceber: dia após dia eu me torno mais de mim, e aprendo a ver, ao invés de olhar, a beleza da sutileza que existe além dos riscos traçados.


Há quase três anos, você convidou-me a viver!

Sonho.



Se eu fosse um sonho, que sonho seria?


Começaria noite...obscuro e cheio de mistérios. No céu - teriam 2 luas gigantes e cheias..bem amareladas como se fossem olhos de observação e muitas, muitas estrelas e cada uma delas seria uma descoberta, porém, descortas difíceis de serem alçancadas (para isto, seria necessário muito esforço e curiosidade do sonhador).


Nem todas descobertas são boas, mas, todas são leves e para todas existem razões ... razões pelas quais nem tão boas são, ou para serem lindas.

No chão, haveria um gramado úmido ... e ao redor, árvores fortes, plantas coloridas - porém, por ser noite, estas cores ainda não poderiam ser vistas.


Dois caminhos existem, apenas dois caminhos para este sonho: se permanecer parado, nunca mais iria amanhecer ; se escolher entrar no meio das plantas, observar as luas e as estrelas, tocar no gramado e trilhar pelo campo ... logo amanheceria.


Ao amanhecer, as estrelas sumiram ... pois, não seriam mais necessárias. Afinal, elas seriam descobertas e se houve observação ... foram desvendadas! As luas, ainda estariam lá...mesmo durante o dia..apenas para tornar tudo mais lúdico.

Agora, as cores das plantas seriam vistas e são cores diversas e alegres.

Com a luz do sol, o rio de águas claras e frias poderia ver visto e para fugir da água gélida existem pedras para dar conforto e segurança ao sonhador. Pedras que podem ser usadas para atravessá-lo.


Haveria então, uma casa ... com grandes janelas, muitas almofadas e um bolo quentinho cheirando bem na mesa de madeira. Uma música estaria tocando. Esta música mudaria de ritmo durante toda sua execução...seria lenta, intensa, alegre, triste, uma porção de raiva apareceria..com paixão, depois uma calmaria e assim ... este sonho, causaria inúmeros sentimentos de uma só vez e ao fim ... acordar seria impossível, pois, estaria bom.


+ - + em cada sonho existe a sua verdade, sua mentira, seu mistério, seu desconforto e o seu conforto. Mas, se não houvesse "curiosidade" ou "perspectiva" nada jamais sairia da inércia, do lugar e o grande fato é que: É necessário sobreviver a hora da verdade.


Se eu fosse um sonho, cada um que entrasse nele eu jamais deixaria acordar ... e pra cada, daria inúmeras opções, inúmeros caminhos, inúmeras belezas e alguma escuridão. Caberia a cada um, tentar compreender para que pudessem ser absorvidos e fazer com que o sonho fosse a realidade e a realidade fosse o sonho, pois, o sonho sempre seria melhor que a realidade.


(Entender nem sempre é necessário).

quinta-feira, outubro 07, 2010



I won't go getting tired of you

I won't go getting tired of you

I'm not getting tired

I won't go getting tired of you

I won't go getting tired of you

I'm not getting tired of you

domingo, outubro 03, 2010



Eu queria:



Poder ser sincera sem provocar dor, queria poder me entender e saber tudo o que se passa aqui dentro e conseguir ver isso nos outros também.


Entender porque eu desejo a solidão, porque tem vezes que não a suporto e confiar nos outros sem que tenham que me provar nada. Também queria esquecer a dor da confiança que se perdeu e fazer com que algumas cenas do passado se apaguem e que algumas do futuro jamais aconteçam.


Quero ser fria...quero me importar. Eu quero ser forte e quero ser vunerável.


Entender o que foi e porque tudo perdeu o sentido, descobrir o que é melhor pra mim sem machucar ou ser machucada, sem decepcionar ou criar expectativas.

Queria poder ficar.... mas queria também poder sair correndo. Sair correndo descalça, fazer besteira, quebrar a minha cara, quebrar a cara dos outros e arcar com todas as consequências.

Queria poder respirar e respeitar minhas próprias vontades. Entender porque eu passo por cima de mim o tempo todo e porque as vezes sou tão egoísta. Entender porque machuco com a minha objetividade e porque isso é tão cruel assim.


Entender porque algumas pessoas preferem a inércia, entender porque outras passam tanto tempo pensando em coisas que não fazem parte de sua própria vida. Entender porque as pessoas tem tanta necessidade assim de serem vistas e admiradas...e entender porque as vezes até eu tenho essa necessidade.

Queria poder me envenenar mesmo ... e queria ser capaz de virar as costas quando necessário.


sábado, setembro 18, 2010

Where Did You Sleep Last Night?



My girl, my girl, don't lie to me
Tell me where did you sleep last night
In the pines, in the pines
Where the sun don't ever shine
I would shiver the whole night throug


My girl, my girl,where will you go
I'm going where the cold wind blows
In the pines in the pines
where the sun don't ever shine


I would shiver the whole night through
Her husband, was a hard working man
Just about a mile from here
His head was found in a driving wheel
But his body never was found


My girl, my girl, don't lie to me
Tell me where did you sleep last night
In the pines in the pines
where the sun don't ever shine
I would shiver the whole night through


My girl, my girl,where will you go?
I'm going where the cold wind blows
In the pines in the pines
where the sun don't ever shine
I would shiver the whole night through


My girl, my girl, don't lie to me!
Tell me where did you sleep last night
In the pines in the pines
Where the sun don't ever shine
I would shiver the whole night through


My girl, my girl, where will you go?
I'm going where the cold wind blows
In the pines, the pines
Where the sun don't ever shine
I'd shiver the whole night through


(Nivarna)
*essa música é muito boa!

_____________________......_________________________

Sábado meio estranho. Fiz uma coisa que não é comum: Larguei meus planos!
O dia está chuvoso e minha cabeça quase sem pensamentos, somente com expectativas...

Na verdade? queria que o natal chegasse logo....... hehe.

Detesto o fim das coisas, por outro lado, tenho sempre muita curiosidade em saber como ele será!

-carla.

quarta-feira, setembro 15, 2010

VOCÊ SABE

Muito amor milhões de beijos
É só você sair para eu ficar com saudades
É o que de bom acontece na minha vida
Você é o meu refúgio minha prioridade

E se eu andar com sorriso no rosto
Por aí alguem vier te perguntar

Você sabe, só você sabe, você sabe. Por quê?
Você sabe, só você sabe, você sabe. Por quê?

Meu coração de pedra que eu me orgulhava
Finalmente foi aposentado
E é por isso que hoje eu me considero
Um cara de sorte por andar ao seu lado

E se eu tiver com sorriso no rosto
Por aí alguem vier te perguntar

Você sabe, só você sabe, você sabe. Por quê?

(AUTORAMAS)

domingo, setembro 12, 2010

Sonho.

Algumas noites atrás eu tive um sonho... estava em uma espécie de parque de diversões, um lugar que eu já havia visitado antes uma porção de vezes. Haviam pessoas conhecidas ao meu redor, me fazendo perguntas, algumas riam, outras olhavam desconfiadas... haviam pessoas ao meu redor.
Em determinada ocasião, eu me dei conta de que estava carregando alguem nos braços... uma criança, nem tão pequena e nem tão grande... minha criança... Mesmo com o despertar, um sentimento muito forte ainda se alojava em meu peito e não desapareceu mesmo agora... Deitada, em meio aos espelhos e palavras, as pessoas que me observavam... com os olhos distantes e perdidos na infinitude de meu interior, eu me perguntava o que significava tudo aquilo... Então, dois caminhos a seguir surgiram... seria isso o que aquelas pessoas simbolizavam naquela ocasião?

Tudo mudo, tudo sempre muda... a cada instante... durante muito tempo... ...certo dia algo mudou... e mudou tudo o que estava ao seu redor... e assim, as coisas não pararam mais de mudar... Cada um porta dentro de si mesmo um potencial infinito... a chave para criar... destruir... parar ou seguir em frente. Só é preciso despertar... aprender... ou continuar dormindo...

O tempo não para... ele continua passando... e talvez o tempo seja apenas o fluxo das mudanças que nunca mais deixaram de acontecer... Mesmo que fiquemos parados, ao nosso redor as coisas continuarão mudando... ondas... podemos aproveitar sua energia... podemos nos colocar diante delas... salta-las... ou apenas nos deixar levar... são essas as nossas escolhas, mas até então... e não acho que isso seja impossível, mas até então... não podemos fazer com que as ondas parem de fluir. Por que as pessoas não se dão conta de suas capacidades? Seria essa a escolha delas? Ou talvez apenas algumas tenham sido escolhidas pelo próprio tempo, para desenvolver seus potenciais? Existe alguma razão para tudo isso? Acreditar que sim ou não só vai definir a verdade pela qual os próximos passos serão dados...