sexta-feira, dezembro 26, 2008




Quando a dor dilacerar o seu peito, pegue emprestado as asas de um pássaro e suba com elas ao mais alto céu...lá, no mais absoluto silêncio, escute apenas o seu coração...e deixe que a sua franqueza de sentimentos inunde a sua alma...purifique-se....acalme-se...realinhe as idéias...e busque a paz....a SUA paz interior...


Lembre-se que vou estar sempre com você...Como duas árvores eu vou estar...sempre...


E, quando a sua grande copa não agüentar o peso de suas folhas, vou curvar minha madeira e deixar que o seu sofrimento descanse em mim...com um corte de machado, vou te alimentar com minha seiva...e permitir que talhem, em meu coração, o invisível da sua Luz...


Juntas, vamos nos embriagar com o mais transbordante pôr-do-sol, ouvir a mais bela canção do vento sussurrante em meio a nossos galhos, assistir a coreografias ensaiadas de nossas folhas sobre o chão...


Assim, primavera após primavera vamos estar...ora cansadas, ora fortalecidas com a chegada das flores e dos pássaros, até que nossas folhas sequem, nossos galhos quebrem, nossa raiz se erga aos céus...e, tombadas, a certeza da preparação para a eternidade feche os nossos olhos e nos cubra de paz e alívio para uma nova etapa.

Deh

2 comentários:

Anônimo disse...

Talvez nunca alguém consiga escrever como vc, nem os grandes poetas, nem os grandes apaixonados...pq suas palavras, vem de algo maior que a própria alma.
cA

Anônimo disse...

Acho esse poema muito lindo.Ro